Entre Fios Invisíveis

Se for mesmo concreta a ideia de que pra se escrever uma história é preciso haver inicio, meio e fim, então o que escrevo, absolutamente, não é uma história. O final é desconhecido porque não existe ou “ainda” não existe. Não vá pensando que isso é uma espécie de diário no qual cada dia é um capítulo, pode até parecer um, mas, definitivamente, não é. Escrevo situações que não são tão próximas umas das outras, mas que são ocorridas numa sequência cheia de mudanças e pequenas pausas dentre uma fase e outra. Escrever sobre amizade é muito bom e como um bom começo é interessante saber um pouco a respeito do protagonista. Não é mesmo ?
Eu sou Eduardo Basílio, conhecido desde a infância como “Edward” por gostar muito do filme “Edward – Mãos de Tesouras” sempre fui fascinado por coisas sombrias. Nasci no dia 13 de maio de 1992, dizem que 13 é sinônimo de azar, talvez seja, mas eu acho legalmente macabro quando meu aniversário cai numa sexta feira. Não sou exatamente um bom garoto, mas acredito que tenho um bom coração. Tenho inúmeros defeitos que prejudicam mais a mim do que os outros. Sou distraído, desatento, anestesiado, confuso, intuitivo e ansioso, mas desconheço a falsidade, sei defender minhas ideias e sou bastante honesto com as pessoas. Acredito que quando conhecemos verdadeiros amigos passamos a enxergar a vida de outra maneira e tomamos conhecimento de que a vida vale muito apena quando se tem em quem confiar. Ultimamente ler, escrever e desenhar tem sido as melhores coisas que venho fazendo, é indescritível o prazer que é registrar momentos inesquecíveis em forma de desenhos e textos. Sempre tive o privilégio de ficar perto de pessoas amadas por mim como minha querida avó materna, Doracy Chaves, e minha mãe, Valéria Basílio. Tudo sempre foi muito fácil, sempre tive tudo o que queria e talvez isso tenha contribuído com minha, até então, irresponsabilidade. Minha família sempre mudou muito de cidade, nunca ficávamos mais que dois ou três anos num lugar, sempre mudando a rotina, capitais, interiores, grandes e pequenas cidades, consequentemente não tenho amigos de infância. As vezes penso que seria bom ter crescido num só lugar. As coisas mudaram bastante em 2003 quando meus pais se mudaram para uma pequena cidade, onde só existe água, e decidiram morar fixamente por lá, desde então, passei a viver longe deles pelo fato de odiar a micros cóptica cidade. Convivo com as mudanças nas constantes fases, embora não tenha tido consciência do que exatamente é uma fase enquanto passava por algumas, afinal inconsequência na adolescência é, praticamente, inevitável.