1° Temporada 1.6

Sempre existe uma pessoa que parece ter algum problema mal resolvido e tenta se distrair infernizando a vida alheia, mas foi mesmo uma pena a distração de “ALC” - um otário veterano do 3° ano, não ter tido um resultado tão favorável para si mesmo, pois ignorar o moleque esquelético era mesmo um prazer. O esqueleto parecia estar “apaixonado” completamente, agia de forma extremamente infantil e sempre usava as mesmas piadas, Você conhece a função de um retroprojetor? É a mesma aderida pelo magrelo, projetar em outro aquilo que ele é. Não sei como definir exatamente a postura dele e nem poderia tentar já que, com certeza, é uma tarefa impossível, não dá pra definir alguém sem vida própria. Nos corredores da escola, no ônibus e até nas ruas da cidade eu tinha que ouvir a voz irritante do maldito esqueleto. Acho que o suposto motivo de tanta implicância tenha sido o seguinte: Uma vez, nos primeiros dias de aula, eu estava em um corredor da escola, sentado e sozinho quando um grupo de pessoas claramente estúpidas, entre elas o magrelo parou diante de mim, como um bando de indígenas todos sentaram ao meu redor com exceção de uma garota que ficou em pé e me olhando do alto de forma crítica. A liberdade predominou por um instante, abriram minha mochila, mexeram no meu cabelo e quando começaram a me fazer perguntas, coloquei minhas coisas de volta na mochila, levantei e saí deixando todos no vácuo. Alguns se irritaram com a minha simples atitude a ponto de tentarem me segurar pelo braço em vão, claro. Mais tarde, no refeitório, o mesmo grupinho apareceu, a garota que tinha ficado de pé, acompanhada pelo graveto ambulante veio apontar o dedo pra mim e dizer :
- Você está na nossa lista negra, calouro!
Após um olhar fixo e desprezível para os dois, respondi:
-Mesmo? E o que pretende fazer?
A menina foi passada para trás e o esqueleto assumiu as palavras:
-Já vi que você não conhece as regras, mas você aprende conosco, calouro!
-Você, com certeza, não tem nada útil para ensinar.
Risos e gritos vieram de todas as partes e eu fiquei até nervoso, depois de ter corado, o moleque disse:
-Você não quer apanhar de graça logo no início, não é mesmo? Bicha!
-Vai me bater agora? Bicha é você que fica pegando no meu pé, sai fora!
-Cala a boca calouro otário!
-Quem você pensa que é? Cala a boca você, seu verme!
-Não fica querendo dar uma de durão, o seu lugar está reservado e você vai pra lá.
-Você que deveria ir para o lugar de onde veio, o inferno. Some da minha frente otário.
Eu já estava preparado para dar um soco no estômago dele, eu estava fervendo, mas ele deu apenas uma risada e saiu. Desde então as provocações começaram. Uma vez, no ônibus à caminho da escola, ele foi ridicularizado por uma menina que também era veterana, ao me chamar de “Calouro Mané” a garota virou-se para ele e disse:
-Hum, se apaixonou “ALC”? Deixa o garoto em paz, ele não joga no seu time!
Todos no ônibus pareciam estar atentos à conversa, pois ao terminar de falar, uma vaia ensurdecedora começou deixando o esqueleto extremamente sem jeito. Depois a garota me olhou e deu um sorriso amigável e ao mesmo tempo parecia ter segundas intenções. Apesar de tantas vergonhas, as provocações vindas do moleque continuaram dia-a-dia até ele descobrir que nossos pais eram amigos através da minha avó que tinha ido visitar o pai dele e como ela já sabia sobre as provocações vindas do filho do Sr “P”não deixou de comentar (eu e minha avó Doracy conversávamos como dois amigos confidentes) Isso não é motivo para um pedido de desculpas, mas o otário tinha uma mente tão frágil que, na escola, foi até a minha sala durante uma aula apareceu na porta e me chamou na maior cara de pau, eu não fui até lá, apenas disse de longe que não tinha nada pra falar com ele e pouco me interessaria ouvi-lo. Quando a aula acabou e eu saí da sala, lá estava o idiota me esperando, não teve como evitar a conversa:
-Cara, nossos pais são amigos, você deveria ter pedido para eu parar com as piadinhas, sabe como é as coisas por aqui, a maioria das vezes o comportamento dos veteranos com os calouros é assim mesmo. Desculpas!
Tentando pegar na minha mão, me pediu desculpas. Eu não permiti o comprimento hipócrita e disse:
-Cara, isso que você está fazendo é ridículo, e daí que nossos pais são amigos? O que eu tenho a ver com isso? Fica na sua e vê se esquece que eu existo, vai procurar outro calouro pra você encher o saco.
Antes que ele falasse alguma porcaria entrei de volta pra sala. Nunca mais ele me dirigiu a palavra, parou de vez com as piadas. Honestamente, nem sei por que estou escrevendo sobre aquele moleque estúpido, seria bem mais interessante ter matado ele lentamente de forma bem cruel e escrever sobre a ação macabra agora.

1° Temporada 1.5

A "L" era do tipo "Topa Tudo", eu a achava tão independente, inteligente e esforçada, apesar da preguiça doméstica, até achei que iria namorar com ela por um bom tempo, mas meu conceito sobre ela foi mudando aos poucos. Ela tinha graves defeitos, era vulgar, mentirosa e calculista, mesmo assim, continuávamos morando juntos apesar de ter acabado com o que nem tinha começado direito, o "namoro". De qualquer maneira eu a admirava bastante. Acho que nunca vou conhecer alguém tão tranquilo em relação a sua própria moral, sua tranquilidade era sem tamanho. A fama dela na escola e na cidade era monstruosamente ruim, infelizmente, ela dava motivos para o título de "Pega Tudo" a fila dela andava tão rápido feito uma corrida desesperada, no trote escolar foi batizada de "Fudida" eu não era à favor disso, penso que cada um deve fazer o que achar certo. Todos se achavam no direito de encher o saco dela pelos corredores e o nome dela era, com certeza, o mais citado numa comunidade virtual, mas ela sempre ignorava as críticas friamente e de forma desprezível. Uma vez enquanto eu e a Cris estávamos conversando, tocamos no assunto do primeiro dia de aula foi então que, incrivelmente, a Cris lembrou que havia conversado comigo no tal dia sobre encontrar as salas de aula. Isso foi tão surreal e é esse o motivo "uma mistura de ironia e coincidência". A gente tinha mesmo que se conhecer, pode parecer infantil ou sem sentido para você que está agora lendo tudo isso, mas afinal, acho incrível o fato de alguém perdido em meio a vários corredores de uma escola gigantesca e entre uma multidão se esbarrar em uma pessoa e pedir ajuda, depois ser matriculado numa certa classe e mais tarde transferido para uma outra justa classe e, sem saber, conhece a tal pessoa que logo venha se tornar uma grande amiga indescritivelmente especial como alguem que jamais será esquecido e, então, descobrir em seguida que ela foi a mesma que o ajudou no passado. Isso é, sem dúvida, mais um motivo para acreditar que a vida tem mesmo uma linha traçada ao destino e que o motivo das coisas que acontecem com qualquer pessoa é o fato delas terem que acontecer, já está traçado.

1° Temporada 1.4

Eu, finalmente, saí da casa dos meus tios e fui morar sozinho numa casa próxima a um cemitério, ela tinha dois quartos, duas salas, uma cozinha, um banheiro e um pequeno cômodo. No primeiro dia meu primo havia aparecido lá com um playstation, e como eu estava animado, inauguramos a minha liberdade com um dia inteiro de jogos sangrentos e muito Rock n' Roll. Finalmente pude reencontrar a minha querida privacidade. Fiz tudo o que queria fazer no meu novo espaço como pendurar posteres de bandas na parede do quarto, ouvir música alta, chegar tarde da rua, andar pelado pela casa, acordar tarde nos fins de semana, deixar a cama bagunçada e deixar pratos sujos na pia por mais tempo. A amizade entre eu e Cris, simplesmente, cresce cada vez mais. Realmente nos tornamos "irmãos", eu me sentia bem quando estava com ela, sempre falávamos sobre os assuntos mais diversos como o tempo, a morte, a vida e as teorias de determinados temas, eu não falava sobre tais assuntos com outra pessoas até então. Era como se ela fosse um "cara" fazia coisas de garotos, odiava feminilidade e isso era mesmo fantástico. A Cris sempre teve uma visão realista sobre as coisas, eu adorava isso, sempre agia com sinceridade e dizia coisas que realmente pensava, como uma vez que estávamos falando sobre minha mãe, pelo pouco contato que as duas tiveram, ela pôde perceber que mamãe era muito controladora em relação à mim e que ela mantinha esse controle de forma prejudicial à mim, pois assim me prendia e fazia com que eu não me sentisse independente pra viver. Era incrível como a Cris era sacana, porque minha mãe é mesmo muito controladora, e como meu pai nunca foi presente na minha vida, minha mãe tenta dar uma de "mãe-pai" eu tinha sempre que evitar que ela ficasse sabendo de algumas coisas para não causar constrangimento e ter que ficar ouvindo lição de moral ou, segundo Jonh Ruskin " 30 minutos capazes de ressucitar os mortos". Uma vez eu arrastei a Cris da casa da tia - insuportável - dela e a levei para ir morar comigo, eu estava decidido e ninguém poderia me impedir, mas pouco tempo depois a mãe dela, senhora Rita, não permitiu, segundo ela, o marido não havia gostado nada disso. Depois uma garota que conheci na escola, a "L", foi morar comigo, eu tive um curto namoro com ela, e como eu era otário quase morri no dia de levar os móveis dela pra minha casa, nós estávamos na rua e já estava anoitecendo, quando um carro veio em nossa direção, mas não foi esse o motivo da minha "quase morte" na verdade isso foi uma grande ajuda, pois o motorista era um velhinho muito bondoso que se dispôs a nos ajudar com a mudança. O guarda-roupas dela tinha um espelho embutido em uma das portas e quando o carro estava saindo do condomínio, que ela morava, um varal de aço prendeu o guarda-roupas fixando com muita força até resultar na explosão do espelho, nesse momento pedaços de espelhos sobrevoavam os ares e, graças a uma gaveta que estava entre minhas pernas, não fui gravemente ferido.

1° Temporada 1.3

Aos poucos o trio "inseparável" Edward, Alisson e Wanderson foi se desestruturando, isso porque ouve vários motivos, eu poderia dizer que fiquei mais "frio" e nem me importava se a gente se falava ou não, fiquei mais "na minha" e o fato de eu ter conhecido a Cris não colaborou com o fim precoce, até porque eles também gostaram dela. O Alisson acabou se enturmando com um bando de fudidos metidos a playboys e um deles era o verme D, um paspalhão retardado, Ele parecia ter alguma coisa contra mim, já o Wanderson passou a se aprofundar ainda mais nos estudos, deixando de lado o contato frequente e passou a ter alguns amigos insuportáveis e eram - segundo meu ponto de vista - más influências, sendo assim, foi ficando cada vez mais raro termos contato. Enfim, sem que a gente fosse se importando mal nos falávamos e isso permanece até hoje e ainda está sendo, atualmente, mais complexo já que cada um tomou seu rumo, em outras palavras : já era!

1° Temporada 1.2

Como eu tive que mudar para a cidade onde ficava a escola, tive que ficar na casa dos meus tios por um tempo, mas estava louco para ir morar logo sozinho, afinal liberdade, espaço e privacidade são sempre bem vindos. Voltando à escola...
Durante a passagem do ensino médio para o técnico (manhã-tarde) dependendo da aula tínhamos que andar muito, era incrível como sempre uma garota seguia o caminho na nossa frente o Wanderson e o Alisson a chamavam de "Gambá" ela não tinha mal cheiro! (no trote ela havia sido batizada de Colírio de Gambá) eu acho que ela não ouvia ou se notasse parecia não se importar. Durante uma aula a tarde a tal "Gambá" estava ouvindo música usando seu MP3 foi então que resolvi puxar assunto e percebi que ela curtia o mesmo som que eu, na época, além disso aparentava ser bem comunicativa e aquilo foi bem interessante, ela entendia bem os assuntos mais diversos e aos poucos começamos a formar uma grande amizade, também, do tipo "irmãos". No inicio antes de conhecê-la e saber que seu nome era Cris, eu achava ela tão sem graça e sem conteúdo, completamente fora do perfil do meu ciclo de amizades e ela me confessou que me achava um otário babão, porque eu vivia no pé de uma garota da escola, mas também disse que até sentia pena pois achava que eu sofria por amor.

1° Temporada 1.1

Após um tempo sozinho, conheci dois amigos, estudavamos na mesma classe. Ao longo dos dias passamos a nos considerar "irmãos" Sempre o trio Edward, Alisson e Wanderson andando pelos corredores da escola, sempre fazíamos trabalhos juntos, gostávamos de ir para o bosque da escola e de ficar sentados nas mesas que tinham entre as árvores. Na cidade, costumávamos ir para o cás e ficar andando àtoa. Eu ainda era "bom menino"
nada de bebidas, loucuras, cigarros e festas, me atrevo a dizer o mesmo sobre eles, porque mais tarde fiquei sabendo que eles caíram na perdição. O Wanderson sempre foi o mais estudioso e responsável.

1° Temporada 1.0

Eu já sabia que existia a “Escola Agrotécnica Federal”numa cidade (onde as pessoas do primeiro grupo viviam) bem próxima da pequena cidade que meus pais estavam morando, pois já havíamos morado na tal cidade uma época e, segundo minha mãe, seria perfeito se eu estudasse lá, assim eu não ficaria tão distante. Um bom tempo já havia passado desde que meus pais se mudaram para a cidadezinha detestável e eu já estava cansado de morar com familiares, principalmente com a insuportável da minha irmã que fazia faculdade de enfermagem numa outra cidade não tão distante dos meus pais, mas em relação aos outros lugares que morei só tenho a agradecer porque, na verdade, nem sei o que seria de mim sem o apoio da minha tia e da minha avó paterna. No final de 2006 enquanto passava uns tempos na casa da minha mãe resolvi fazer o exame seletivo para entrar na Escola Federal e isso foi, realmente, uma grande mistura de irônia e coincidência, ainda no mesmo ano fiz o exame seletivo sem nem se quer ter estudado e fui classificado, no ano seguinte começavam as aulas. No primeiro dia, como lá era enorme, não conseguia encontrar a sala que deveria entrar elas estavam divididas conforme a sequência dos corredores e pavilhões, já estava ficando nervoso no meio de muitas pessoas pelos imensos corredores, foi então que falei com uma garota, que não cheguei a memorizar seu rosto, a perguntei se poderia me ajudar, mas ela também estava completamente perdida. Estranho! Tive duas turmas diferentes num só dia, fui matriculado no 1°D e não gostei nada disso, porque a escola era integral e os horários dessa turma eram indesejáveis se eu ficasse lá teria que cursar o técnico pela manhã e isso seria ruim. Através da ajuda de uma conhecida funcionária no mesmo dia consegui ser transferido para o 1°A, mas tive que assistir a aula inteira no 1°D antes disso e praticamente vi o mesmo conteúdo mais tarde. Na primeira aula da nova turma foi passado uma espécie de prova de matemática, eu fui o primeiro a terminar o teste que não valia pontuação e era, segundo o professor, "apenas uma analize" depois algumas pessoas vieram me parabenizar e me elogiar com frases do tipo "Fiquei impressionado como você respondeu rápido" e "Cara, você manda muito bem" logo em seguida minha explicação:
- Não! Eu entreguei rápido porque não consegui responder nem se quer uma questão!
Por um momento pensei que eles já sabiam que eu não tinha conseguido responder, mas realmente achavam que eu era matematicamente um nerd e isso passa BEM longe da verdade.

"Um Início Desconhecido"

Por cerca de 2 anos alguns jovens que tinham coisas em comum se conhecem e tornam-se grandes amigos, a amizade é intensa e juntos vivem bons e inesquecíveis momentos, algumas dessas pessoas buscaram outros rumos antes mesmo de outras darem as caras e passarem a fazer parte do mesmo grupo, esse grupo de alguma forma deu origem a "minha turma" isso talvez poderia ser mais claro e bem explicado da seguinte forma : Um grupo de adolescentes que sofre grandes modificações com a passagem do tempo, chegadas e partidas, novos e velhos amigos. Rafael, "J",Tainã, Tayrine, Ricardo, Ana, Rangel, Augusto, Sol, Priscila e Higor eram alguns deles. O estilo era denominado pelos outros de "Gótico" mas na verdade nunca houve um rótulo. Um dos principais pontos de encontro do pessoal ficava na casa da Tayrine e,também, na casa do Rafael, onde contumavam se reunir para jogar RPG, consumir bebidas alcoólicas, ler mangás e animês, mas isso é detalhe. O tempo passa e as modificações surgem. Praticamente todos seguem caminhos em diferentes rumos, alguns passando a levar a vida de um jeito extremamente diferente.

Entre Fios Invisíveis

Se for mesmo concreta a ideia de que pra se escrever uma história é preciso haver inicio, meio e fim, então o que escrevo, absolutamente, não é uma história. O final é desconhecido porque não existe ou “ainda” não existe. Não vá pensando que isso é uma espécie de diário no qual cada dia é um capítulo, pode até parecer um, mas, definitivamente, não é. Escrevo situações que não são tão próximas umas das outras, mas que são ocorridas numa sequência cheia de mudanças e pequenas pausas dentre uma fase e outra. Escrever sobre amizade é muito bom e como um bom começo é interessante saber um pouco a respeito do protagonista. Não é mesmo ?
Eu sou Eduardo Basílio, conhecido desde a infância como “Edward” por gostar muito do filme “Edward – Mãos de Tesouras” sempre fui fascinado por coisas sombrias. Nasci no dia 13 de maio de 1992, dizem que 13 é sinônimo de azar, talvez seja, mas eu acho legalmente macabro quando meu aniversário cai numa sexta feira. Não sou exatamente um bom garoto, mas acredito que tenho um bom coração. Tenho inúmeros defeitos que prejudicam mais a mim do que os outros. Sou distraído, desatento, anestesiado, confuso, intuitivo e ansioso, mas desconheço a falsidade, sei defender minhas ideias e sou bastante honesto com as pessoas. Acredito que quando conhecemos verdadeiros amigos passamos a enxergar a vida de outra maneira e tomamos conhecimento de que a vida vale muito apena quando se tem em quem confiar. Ultimamente ler, escrever e desenhar tem sido as melhores coisas que venho fazendo, é indescritível o prazer que é registrar momentos inesquecíveis em forma de desenhos e textos. Sempre tive o privilégio de ficar perto de pessoas amadas por mim como minha querida avó materna, Doracy Chaves, e minha mãe, Valéria Basílio. Tudo sempre foi muito fácil, sempre tive tudo o que queria e talvez isso tenha contribuído com minha, até então, irresponsabilidade. Minha família sempre mudou muito de cidade, nunca ficávamos mais que dois ou três anos num lugar, sempre mudando a rotina, capitais, interiores, grandes e pequenas cidades, consequentemente não tenho amigos de infância. As vezes penso que seria bom ter crescido num só lugar. As coisas mudaram bastante em 2003 quando meus pais se mudaram para uma pequena cidade, onde só existe água, e decidiram morar fixamente por lá, desde então, passei a viver longe deles pelo fato de odiar a micros cóptica cidade. Convivo com as mudanças nas constantes fases, embora não tenha tido consciência do que exatamente é uma fase enquanto passava por algumas, afinal inconsequência na adolescência é, praticamente, inevitável.